Era a viagem que mais expectava, iria ser a melhor de todas que já tive antes. Tudo o que de bom iria conhecer, ver e sentir, mal podia esperar para estar em Santiago, naquele ambiente excepcional com todos os outros trovadores e suas variadíssimas composições musicais, os seus cancioneiros. Era certo, a viagem seria longa, e teria que animar a rainha e suas aias da melhor forma possível.
Partíamos assim a transbordar de ansiedade. Minha senhor estava já no coche com as suas aias e eu acompanhava-as de cavalo a um ritmo relativamente vagaroso mas que nem por isso me aborrecia, sentia o ar cada vez mais puro à medida que me aproximava do destino, seriam, certamente, 9 dias de viagem bem passados, visto que levava comigo a minha cítola.
A meia da viagem, minha senhor pediu-me que a animasse, eu, com todo o prazer, assim o fiz, segurando a minha cítola com cuidado iniciei a minha mais bela composição musical, a minha rainha adorou esta minha cantiga assim como as suas aias. Ao longo da viagem tentei cantar sempre as minhas melhores cantigas.
Após todo o percurso, toda a variedade de paisagens vistas e cantigas tocadas, haviamos chegado.
O gélido ar matinal que seria em qualquer circunstância desconfortável parecia-me agora o calor do Sol a bater-me na cara, sentia-me bem. Fomos recebidos por todo o tipo de gente, trovadores com cancioneiros extremamente inovadores e com cantigas de que nunca me lembraria, era um local de extrema criatividade e musicalidade.
O espanhóis prontamente instalaram vossa senhoria nas melhores suites da cidade, eu ficara no quarto ao lado, arrumei rapidamente as coisas e fui o mais rapidamente possível explorar a cidade. Tanto minha senhor como eu, ficámos abismados com tal quantidade de trovadores. Durante a nossa estadia não só eu como outros trovadores que conhecemos ao longo dos dias, animámos a Rainha. Foi de facto uma estadia excelente.
Seguiamos assim de volta a Lisboa, a viagem de retorno passou mais rapidamente, passámos o tempo a comentar toda a viagem e o que nos havia acontecido, lia a expressão de minha senhor e era possível reparar do quanto ela gostou desta viagem.
O dia após a nossa chegada fui avisado de que a Rainha havia agendado uma nova viagem a Santiago, a cidade multicultural.
sábado, 27 de março de 2010
Composição do Teste
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terça-feira, 2 de março de 2010
Auto-Biografia
Às 7h e 40 minutos do dia 19 de Abril do ano de 1994 nascia eu, Filipe, filho de Carlos Alberto Ferreira da Silva e de Dina Maria Fialho Meneses da Silva, com 4200 g e 52,5 cm, no hospital de Santo André em Leiria.
Como miúdo sempre fui bastante seguidor do meu irmão mais velho, Nuno, nascido 2 anos e cerca de 3 meses antes de mim, sempre foi o meu modelo até aos meus 11 ou 12 anos, seguia-o absolutamente para todo o lado e em tudo e foi com muito custo que me separei dele pela primeira vez quando abandonou o infantário para ir para a escola, tinha eu 4 anos.
Desde pequeno que sou bastante irrequieto, agitado e brincalhão, era um rapazinho de grandes birras, a minha professora primária apelidava-me de reguila e muitas vezes até de mal-educado, pois nem sempre as minhas brincadeiras eram as mais correctas, este último adjectivo que nunca gostei de ouvir e que por alguns tempos tentava corrigir mas voltava sempre a cair na mesma asneira. Apesar de muitas tentativas, nunca fui capaz de ser menino certinho.
Tive uma infância completamente normal enquanto andei no
infantário, lembro-me de ser o primeiro a aprender a ler da minha Sala, com muita ajuda do meu irmão, facto do qual ainda hoje me orgulho muito. Era também no infantário onde fazia algumas amizades que ainda hoje perduram.
Aos 6 anos, entrava eu para escola primária da Batalha onde vim a conhecer os meus melhores amigos de criança, são eles o Vitor, o Bruno, o Rui e o Tiago, com os quais ainda hoje mantenho o contacto. Era aqui que começava todo o meu processo de ensino que me serviria de bases até aos dias de hoje. Foi também com 6 anos que entrei para o ATL da Santa Casa da Misericórdia da Batalha, aqui conhecia também muitos amigos e fazia bastantes brincadeiras, as quais me valeram alguns valentes estalos.
Sempre fui educado para viver em família e todos os fins-de-semana sem falhas visitava tanto a minha família materna como paterna, foi por isso com muito choque que com os meus 7 anos viria a viver uma mudança trágica na minha vida com a morte prematura da minha mãe que sofria já há alguns anos de leucemia. Sempre a guardo e guardarei na memória.
Apesar de tudo, segui em frente, completei o ensino primário sem percalços e segui para o ensino preparatório onde viria, obviamente, a conhecer amigos novos e a conservar todos os que levava já desde o 1º ano ou mesmo do infantário, não era contudo um estudante aplicado, mas não penso que seria mau aluno, era, como já sou conhecido, bastante preguiçoso.
Ao longo de todo este percurso, o meu pai, homem de grandes valores e quem eu admirei e admiro bastante, foi o meu ponto de apoio, foi ele que me ajudou a ultrapassar todos os problemas de infância após a morte da minha mãe, era ele quem me ralhava quando fazia mal e quem me congratulava quando fazia bem. É a ele que devo as qualidades que possa ter enquanto pessoa embora poucas e também todas as possibilidades que tive. Considero-me privilegiado por tê-lo como Pai.
Terminei o ensino preparatório sem problemas e segui para aquilo que veio a ser o período mais marcante da minha vida, o meu sétimo, oitavo e nono anos, foi aqui que conheci os meus melhores amigos e foi aqui que vivi as minhas melhores experiências, éramos uma turma bastante unida. Continuava no entanto um rapaz bastante brincalhão apesar de ligeiramente mais maduro. Era nesta pequena jornada, a meados do meu 8º ano, que vinha a conhecer uma rapariga que viria a fazer de mim um jovem mais adulto, e até, um tanto ou quanto responsável. Seria ela que me viria a fazer feliz até aos dias de hoje. Confesso que nunca entendi bem a aceitação dos meus colegas quanto à nossa relação mas contudo continuámos grandes amigos, tal como o somos ainda hoje.
Seguia assim para o décimo ano, ano este que se viria a revelar bastante difícil, não só pelo grau de dificuldade das matérias mas também pela separação de muitos amigos conhecidos anteriormente que seguiram rumos diferentes, no entanto, muitos seguiram o mesmo rumo que eu e vieram formar a turma de Ciências e Tecnologias de que agora faço parte, onde censuro a diferenciação entre grupos.
E é assim que termino a minha simples história de vida, sem muito para contar. Com tudo o que de bom me aconteceu e apesar de tudo o que me aconteceu de mau ao longo da vida, sou Feliz =D.
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