Este poema de José Régio é, no seu todo, uma antítese entre Cântico e Negro.
É à volta deste jogo de palavras que este poema se centra, revelando algum caracter por parte do autor que sente a necessidade de ser livre e autónomo. Esta obra retrata também um certo ego por parte do autor, um orgulho por seguir os seus próprios caminhos e suas próprias decisões. Há também uma localização temporal específica que eu enquadraria nos tempos de ditadura anteriores ao 25 de Abril, pelo que o autor nega e contesta muitos dos ideais pouco reflectidos que seguia a sociedade deste tempo. José Régio expressa a tentativa de evitar sobretudo uma vivência colectiva, de ser único e autónomo como individuo. É também de notar a referência à divindade que eu relacionaria com o próprio título da obra, a palavra "cântico" parece remeter-nos para os próprios cânticos do Velho Testamento.
Neste texto o autor mostra a sua garra e coragem que ele refere de "Loucura" para enfrentar o regime ditatorial, é com esta loucura que defende os seus príncipios e ignora as consequências a que estaria sujeito.
O autor termina com três versos determinante na minha opinião "Não sei por onde vou, Não sei para onde vou, Sei que não vou por aí". Estes demonstram que apesar de toda a sua determinação a esperança de que a liberdade estaria para breve é pouca.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Crítica ao "Cântico Negro" de José Régio
Postado por Aluno às 13:53
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